Ele era arrogante e orgulhoso, servo da vaidade e um cínico que sonhava em ser romântico. Amava perdidamente, desde que o objeto de seu desejo o venerasse. Para ele, escrever sobre seus sentimentos e dores era como lustrar um espelho próprio, um Narciso petulante e solitário que de tanto se enganar, começou a aprender a machucar para evitar ser machucado. Escritor maldito e perdido, sorrindo e vazio, esquentando-se nos corpos alheios e matando a sede na saliva das bocas que se propusessem. Um sátiro, um bobo da corte.
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Uma comédia que sonhava em ser drama.
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Uma comédia que sonhava em ser drama.