quinta-feira, 16 de maio de 2019

CHAMADO À BALBÚRDIA


Ante a disciplina dos submissos
Invoque a doutrina da rebeldia
Desobediência à ordem
Uma batalha por dia

Escolha o lado da luta
De quem vive a trincheira das ruas
Do gueto, do preto, do viado, do índio,
da mulher, do maconheiro, da puta
Defenda a liberdade, abaixo à censura

As balas, armas e fardas
São o discurso da covardia
Estupidez em massa
Filósofos da demagogia

Inofensivos no debate
Cada soldado que ataca sabe
Que são frágeis neste combate
Fatos vencem mitos em todo embate

Calar os que pensam
Cegar os que acreditam sem duvidar
E ensurdecer aqueles que destoam do coro
Nesta conversão de tolos
Resista como o povo, sem foro privilegiado
Onde moro não há Moro

Nem todo político é ladrão
Nem todo preso é bandido
Mas todo ladrão que é político
Diz que o cassetete é a solução
E teme, como Temer, a educação
Tentam castrar a nação
Negando o pensar à próxima geração

A pena é mais afiada que a espada
Aqueles que perdem tudo
Não temem mais nada

Anos no congresso como um parasita sanguessuga
Incitando o ódio por de trás das urnas
Você vai ver o que é realmente balbúrdia