Os homens sempre acreditaram e temeram a punição divina, uma justiça infalível, inexplicável e sem misericórdia, capaz de escutar o apelo e o sofrimento dos oprimidos quando ninguém mais pode ouvir e aplicar penas inimaginavelmente cruéis aos responsáveis.
Em Roma havia as entidades conhecidas como as "Fúrias" - seus nomes descrevem a forma como elas agiam: implacáveis e terríveis.
E mesmo hoje quando alguém comete algum tipo de crime, violência, quebra uma promessa, trai ou pratica o mal contra o seu semelhante há quem creia que tais atos não passam desapercebidos por essas guardiãs da retribuição. Os poucos que ainda lembram do medo estão certos, elas continuam a encaminhar a vingança aos réprobos e pagar com dor a dor causada, porém diz-se que elas o fazem mil vezes pior...
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Eles trabalhavam duro durante toda a semana em um emprego horrível e não iam mais aos domingos na missa e sim tentavam se lembrar do que haviam feito na noite anterior e melhorar da ressaca. Quando crianças sua mãe os obrigava a todo domingo de manhã ouvir o sermão do velho padre sobre os éditos do Velho Testamento.
Na verdade depois do escândalo do padre envolvendo um dos coroinhas os irmãos perderam o interesse pela missa, porém as palavras duras contra os sodomitas e pederastas ficaram marcadas como ferro em brasa em suas mentes pequenas e vulneráveis.
E como trabalhavam duro procuravam compensar ao extremo nos finais de semana, os vícios habituais eram acompanhados então dos pecados da carne. As mulheres da cidadezinha falavam muito e não se despiam facilmente por isso eles optavam pelo caminho mais prático, boa parte do suado salário da dupla já tinha um destino sagrado.
Clientes fiéis eles tinham passado por todas as poucas moças da casa, sempre juntos os irmãos se divertiam e se deliciavam alternando as posições nas extremidades das mulheres até finalmente jorrarem alegria e irem embora cambaleando.
Só uma coisa os divertia mais do que as amantes remuneradas e isso era surrar os rapazes do bar gay da cidade vizinha. Eles espreitavam na sua caminhonete e quando um casal aparecia eles os seguiam até um beco e os cobriam de socos, chutes e tacadas de beisebol.
Certa vez um dos irmãos teve a ideia genial de após bater nos pobres coitados urinar em cima deles para expor todo o desprezo que sentia pelo que eles eram, contudo ele não conseguira finalizar sua ideia. Aquilo talvez os excitasse mais do que as mulheres, no momento em questão o gênio não percebera, mas não era vontade de urinar que o tinha deixado duro daquela maneira.
Eles procuravam cometer seus ataques de tempos em tempos para não correr muito risco, embora todos soubessem o que eles faziam a polícia não podia fazer nada já que as vítimas não tinham coragem de denunciá-los. Uma vez um tentou dizer a verdade e nunca mais foi visto.
Havia um certo tempo desde a última vez o que os deixava ainda mais ávidos e ao descer e disparar de punhos cerrados em direção ao casal no beco eles foram surpreendidos por um outro casal trocando carícias contra a parede úmida, o que não era nada estranho a não ser o fato de ao invés de serem dois homens, serem duas belíssimas mulheres que obviamente não eram dali.
O mais extraordinário foi que ao avistá-los elas em vez de se assustarem, pareciam ter se alegrado como se os esperassem e foram de encontro a eles e sem dizer uma palavra começaram a beijá-los e a puxá-los para a escuridão do beco. Os dois rapazes que eles caçavam estavam a salvo, por hora.
Sem falar as duas beldades foram tirando a roupa dos irmãos e os cobrindo de beijo como eles jamais haviam sido beijados, da maneira que só uma mulher apaixonada beija um homem.
Entregues, indefesos eles se deixaram levar e uma delas começou a acariciá-los ao mesmo tempo como se soubesse que eles gostassem de compartilhar aqueles momentos íntimos juntos, boa parte porque eles gostavam de ver a figura um do outro excitado até gozar.
Enquanto ela os fazia esquecer de seus problemas a outra se despia de costas e ao se virar eles tomaram um susto enorme. Ela não só empunhava uma arma e algemas como também tinha um sexo maior do que o deles, tão grande quanto o membro de Príapo da mitologia.
Vulneráveis eles ainda tentaram se desvencilhar das mãos e boca da mulher que os prendia para fugir da outra que os tinha na mira, porém com três disparos para cima ela se fez entender que não hesitaria em tirar-lhes a vida. Aquela situação faria qualquer homem perder a virilidade, entretanto a primeira mulher era tão hábil na arte do prazer que mesmo assim eles não conseguiam deixar de permanecer em prontidão.
Então um deles foi algemado em um poste enquanto o outro penetrava a mulher e era penetrado, a arma pressionada contra a sua nuca. Elas gemiam e se contorciam provocando-os e em pouco tempo, mesmo com dor o primeiro irmão não se conteve e se derramou dentro da mulher enquanto a outra se desfez dentro dele.
O outro irmão que testemunhava aquele pesadelo não podia acreditar no que via, e o mais aterrador era que aquela cena grotesca para ele parecia excitá-lo porque ele estava tão duro quanto quando tentou urinar nos rapazes naquele mesmo beco tempos atrás e não conseguira.
Sua vez chegara e enquanto a primeira mulher lhe engolia a outra mesmo após chegar ao êxtase não parecia estar saciada e começou a violá-lo sem piedade. Não demorou muito e ele gozou forte na garganta serpenteante enquanto tinha todo o membro da mulher dentro de si.
Por fim, humilhados, machucados, sangrando e sujos do próprio esperma eles foram abandonados nus, algemados no beco.
No dia seguinte eles foram encontrados sem qualquer lembrança do que acontecera e se tornaram notícia dos jornais de todo o Estado como os irmãos depravados sodomitas e masoquistas que foram enganados por seus parceiros no beco de uma cidade com um histórico preocupante de violência contra homossexuais.
Desde então a polícia começou a patrulhar a área para evitar casos semelhantes e a segurança dos casais gays foi garantida graças aos irmãos que se tornaram seus heróis.