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A fome lhe arrebatava de tal forma
Que, mesmo a colheita de todo um ano, de seu reino
Não era o suficiente para saciar seus desejos
Pois não se alimentava de banquetes e vinho seu espírito
Mas do poder de, se o quisesse, tê-los
Seu domínio vivia em guerra com seus vizinhos
Afinal, sua ambição não tinha fronteiras
Tudo que lhe despertasse beleza
E que, de alguma forma ele soubesse que, aos outros agradaria
Tomava para si, no desespero de manter consigo
Os tesouros de toda uma vida
Em seus cofres mais secretos, ele os guardava herméticos
Para que somente ele pudesse apreciá-los
Até o fim de seus dias
E assim sendo, com seu desprezo pelos poderes divinais
Abateu um grande carvalho ancião de Deméter
A Deusa da colheita, da agricultura e da fertilidade
Que furiosa por tal afronta
O amaldiçoou a nunca mais ter paz
Se sua fome de poder era tanta
Nunca de novo se saciaria, jamais
Noites e dias se passaram, enquanto a besta dentro dele o consumia voraz
A corte, seus conselheiros e partidários leais caíram diante deste monstro atroz
O sangue se derramaria pelas casas de ricos e pobres
A terra fenecia por onde ele passava
Campos, florestas e as matas
Enegreceram e apodreceram
O seu reino virou pó, não sobrou nada
E então, sozinho no deserto estéril que ele criara
Tendo somente o vento e a sombra como companhia
Dentro dele a fera da fome ainda se debatia
Ele levou o braço aos dentes afiados
E cravou-os sentindo o sangue descendo pela garganta
E devorou sua carne com ânsia
Até o último naco de ganância
Desaparecendo dentro das suas frias e escuras entranhas
Que, mesmo a colheita de todo um ano, de seu reino
Não era o suficiente para saciar seus desejos
Pois não se alimentava de banquetes e vinho seu espírito
Mas do poder de, se o quisesse, tê-los
Seu domínio vivia em guerra com seus vizinhos
Afinal, sua ambição não tinha fronteiras
Tudo que lhe despertasse beleza
E que, de alguma forma ele soubesse que, aos outros agradaria
Tomava para si, no desespero de manter consigo
Os tesouros de toda uma vida
Em seus cofres mais secretos, ele os guardava herméticos
Para que somente ele pudesse apreciá-los
Até o fim de seus dias
E assim sendo, com seu desprezo pelos poderes divinais
Abateu um grande carvalho ancião de Deméter
A Deusa da colheita, da agricultura e da fertilidade
Que furiosa por tal afronta
O amaldiçoou a nunca mais ter paz
Se sua fome de poder era tanta
Nunca de novo se saciaria, jamais
Noites e dias se passaram, enquanto a besta dentro dele o consumia voraz
A corte, seus conselheiros e partidários leais caíram diante deste monstro atroz
O sangue se derramaria pelas casas de ricos e pobres
A terra fenecia por onde ele passava
Campos, florestas e as matas
Enegreceram e apodreceram
O seu reino virou pó, não sobrou nada
E então, sozinho no deserto estéril que ele criara
Tendo somente o vento e a sombra como companhia
Dentro dele a fera da fome ainda se debatia
Ele levou o braço aos dentes afiados
E cravou-os sentindo o sangue descendo pela garganta
E devorou sua carne com ânsia
Até o último naco de ganância
Desaparecendo dentro das suas frias e escuras entranhas

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