Soneto de Shakespeare
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Quando a hora dobra em triste e tardo toque
E em noite horrenda vejo escoar-se o dia,
Quando vejo esvair-se a violeta, ou que
A prata a preta têmpora assedia;
Quando vejo sem folha o tronco antigo
Que ao rebanho estendia a sombra franca
E em feixe atado agora o verde trigo
Seguir o carro, a barba hirsuta e branca;
Sobre tua beleza então questiono
Que há de sofrer do Tempo a dura prova,
Poia as graças do mundo em abandono
Morrem ao ver nascendo a graça nova.
Contra a foice do Tempo é vão combate,
Salvo a prole, que o enfrenta se te abate.
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tradução Ivo Barroso
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Já que estamos falando de Shakespeare, mostrando que além da sua famosa dramaturgia genial, o escritor e o poeta Shakespeare possuem também muito para mostrar. Pensando nisso, me lembrei do filme "O Homem que Copiava" que cita um soneto do bardo inglês, e como também sou um grande admirador do cinema nacional, decidi homenagear ambos aqui. O soneto fala, como vários outros poemas de Shakesperare sobre o tempo, a velhice e a morte, já o filme, trata de vários assuntos, desde a desigualdade social quanto a falta de emprego para os jovens e a globalização de informação fácil e incompleta.
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Para quem quiser conferir, pode entrar no link abaixo e conferir o poema no filme e um breve trailer do mesmo.
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