ELES
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Olhe só para eles, estão por toda parte, tomam conta de tudo. Nas ruas, dentro e fora das casas, um interminável enxame. Ao nosso redor, a nossa volta, uma praga divina, piada dos deuses. São tantos, todos absolutamente os mesmos. Apesar de negarem, não aceitarem, brigarem, se assassinarem, mentirem e traírem uns aos outros, se acham melhores, mais elevados. Cada um deles carrega uma pérola de prepotência e uma manada de espíritos de porcos. E sendo iguais em seus defeitos, não reconhecem suas fraquezas estampadas no próximo, são cegos que só enxergam o que os holofotes apontam, a eles mesmos e a mais ninguém. Tristes títeres do teatro infeliz, encenam por toda sua vida a hipocrisia de aceitarem o que sonham que são. Negam a mudança, negam a reflexão, negam a esperança, se esforçam para sorrir ante a janela que dá para o escuro desconhecido, enquanto poderiam simplesmente abrir a porta e se arriscar. Eles são tão imperfeitos, qual a imagem e semelhança do que quer que seja, que poderíamos acreditar que não sabem o que fazem? Só se nós nos tornarmos eles, só se quisermos erguer muros, ao invés de derrubá-los. Afinal de contas, ninguém sabe o que faz, mas é preciso fazer alguma coisa. Eis a nossa diferença.
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Olhe só para eles, estão por toda parte, tomam conta de tudo. Nas ruas, dentro e fora das casas, um interminável enxame. Ao nosso redor, a nossa volta, uma praga divina, piada dos deuses. São tantos, todos absolutamente os mesmos. Apesar de negarem, não aceitarem, brigarem, se assassinarem, mentirem e traírem uns aos outros, se acham melhores, mais elevados. Cada um deles carrega uma pérola de prepotência e uma manada de espíritos de porcos. E sendo iguais em seus defeitos, não reconhecem suas fraquezas estampadas no próximo, são cegos que só enxergam o que os holofotes apontam, a eles mesmos e a mais ninguém. Tristes títeres do teatro infeliz, encenam por toda sua vida a hipocrisia de aceitarem o que sonham que são. Negam a mudança, negam a reflexão, negam a esperança, se esforçam para sorrir ante a janela que dá para o escuro desconhecido, enquanto poderiam simplesmente abrir a porta e se arriscar. Eles são tão imperfeitos, qual a imagem e semelhança do que quer que seja, que poderíamos acreditar que não sabem o que fazem? Só se nós nos tornarmos eles, só se quisermos erguer muros, ao invés de derrubá-los. Afinal de contas, ninguém sabe o que faz, mas é preciso fazer alguma coisa. Eis a nossa diferença.
3 comentários:
Acabo de ficar intrigada, imaginando se haverá o dia em que nos tornaremos ELES...
NÓS ainda somos muito mais interessantes...
Será que no fundo não temos um pouco "deles"?
Será, que não somos todos, Eu, tu, ele, nós, vós, eles, de uma certa forma, os mesmos, iguais? Embora pareça o contrário, a minha idéia é incluir, mostrar uma perspectiva para cada pessoa que se sento só, que se sente pertencente a um grupo em despeito de outro, que se sente discriminada por outros. Para que seja possível ver, que no fundo, partilhamos as mesmas dores.
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