terça-feira, 3 de maio de 2011

LUXÚRIA


Insaciável, animalesca, cruel, sempre faminta consome a tudo e a todos sem se entregar jamais. Irracional segue a natureza da repetição, da soma de corpos, como em uma guerra, empilhando em sua cama vítimas e as usando sem piedade. Febril na pele e gélida no coração, uma chama que queima sem arder. Mecânica e impiedosamente previsível. Um jogo marcado, uma dança de engrenagens, óleo, encaixes e combustão. Quente e efêmera. Um pecado por simplesmente ser infantil, pequena, um caminho fácil, uma recreação que ao se tornar séria, mostra a covardia dos que se entregam a ela. Porque o sexo vai além dos sexos, os corpos são mais do que carne.
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A Luxúria não pode dominar, mas sim ser dominada, usada. Devemos pisoteá-la e fazê-la de ponte para através do corpo, excitarmos a alma.

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