Vês? Tu que és a testemunha de minha ruína
O segredo que guardo, a ferida aberta?
Aqui é a catedral onde o tempo corrói minhas lembranças
Das épocas perdidas em que fui criança
Olhe para os vitrais quebrados, o sol já os iluminou um dia
A cor, havia mais cor do que hoje é só cinza
A poeira do esquecimento do que é ter esperança
Não sei mais o que é ser inocente
Agora, Tu há de saber a verdade
Tu fazes parte disto, não se pode negar
E como te sentes?
Duvido que estejas aliviado
Uma única vez, seja sincero
A sentença é clara, e então, te declaras culpado?
O segredo que guardo, a ferida aberta?
Aqui é a catedral onde o tempo corrói minhas lembranças
Das épocas perdidas em que fui criança
Olhe para os vitrais quebrados, o sol já os iluminou um dia
A cor, havia mais cor do que hoje é só cinza
A poeira do esquecimento do que é ter esperança
Não sei mais o que é ser inocente
Agora, Tu há de saber a verdade
Tu fazes parte disto, não se pode negar
E como te sentes?
Duvido que estejas aliviado
Uma única vez, seja sincero
A sentença é clara, e então, te declaras culpado?
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Todos nós carregamos ao longo da vida, nossos erros, nossas experiências, cicatrizes e marcas que colhemos e que em nós são impressas. Nenhuma delas, no entanto, são tão profundas, duradouras do que as da infância. Os tempos mudam, as coisas mudam, mas elas permanecem lá, aquelas feridas. Essa é uma que carrego comigo há muito tempo, sei que muitos amigos e conhecidos passaram ou ainda passam por coisas semelhantes com conhecidos ou na família, embora consigamos sobreviver a isso, rindo da nossa própria dor, o pulso ainda pulsa, a ferida ainda sangra.
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