Ninguém mais
.
Quando pergunto alguma coisa ao silêncio da hora triste,
não sei de onde uma voz me responde
.
Quando olho no espelho do rio,
no azul sem mágoa da planície da água,
vejo alguém que me espia longamente
.
Quando vou pela estrada que serpeia o oceano de areia
sob a lua que me ilumina o passo incerto,
noto que um vulto,
alguma sombra estranha,
pelo caminho que me acompanha...
.
Só tenho três amigos:
meu eco,
minha imagem, minha sombra
.
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Quando pergunto alguma coisa ao silêncio da hora triste,
não sei de onde uma voz me responde
.
Quando olho no espelho do rio,
no azul sem mágoa da planície da água,
vejo alguém que me espia longamente
.
Quando vou pela estrada que serpeia o oceano de areia
sob a lua que me ilumina o passo incerto,
noto que um vulto,
alguma sombra estranha,
pelo caminho que me acompanha...
.
Só tenho três amigos:
meu eco,
minha imagem, minha sombra
.
Cassiano Ricardo
Um comentário:
Amo este poema do Cassiano RIcardo . Muito profundo como são também osa da Florbela ESpanca.
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