Há algum tempo encontrei
Entre dois alvos montes o caminho
Escondido, escuro, úmido e quente
Teu esconderijo íntimo
.
Tu te fizestes de rogada
Proclamando que os portões jazeriam selados
Me convidando paro o pecado natural
Jamais no entanto desisti de tomá-la
.
Ao velar teu sono eu a sitiava
E com dedos sôfregos abria caminho
Em êxtase cobria de beijos tuas nádegas
Propondo uma trégua para teus medos
Alimentando qual a uma cadela teus instintos
.
No sonho tu se desfazias e gemendo
Arcava-se e tremia em terremoto
E a última vergonha era ameaçada
.
Derrubei os pilares morais e o pudor caiu por terra
Lidas e novas guerras nos pertencem agora
Ambos tomados de lascívia somos e uma nova era
Sem muralhas, nosso gozo alcança a glória
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Hoje faço-te minha por inteiro
Insultando a quem quer que se ofenda
Com nosso sexo, canto, poemas
Ejaculando fogo-branco, oferenda
Ungido por mim será para sempre teu corpo
4 comentários:
Muito bonito... Prefiro ouvir mil vezes dessa forma o quão doce é ser sodomizada do que outros modos (mais vulgares) de se referir a essa entrega...
Sempre disse e repito: tudo depende de como se canta... E posso dizer que você é afinadíssimo... Nossa loucura é perfeita, encaixada, sonâmbula...
Adoro esta sua vibe,a maneira que vc coloca o fogo,vai queimando pelas beiradas e dae explode em incêndio total...
Bom dia senhor José, vc realmente tem o dom de juntar as letras e fazer com que elas tenham sentindo não apenas dentro de nossas cabeças......
Abraço
Obrigado Sel, muito obrigado Astronauta e seja bem-vinda.
Eu devo minha inspiração a minha mulher que me deixa amá-la com toda imaginação e vontade que sinto. Fico feliz que os meus versos tenham sido sentidos, não apenas lidos, com o filtro pessoal de cada pessoa.
Fico preocupado pensando se vou conseguir dizer tudo que sinto e se vou ser bem compreendido, porque muito mais do que escrever sobre sexo, eu falo de amor. Que bom que a minha poesia consegue ser a língua do meu coração.
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