Do medo e da ignorância se destila o seu extrato de ódio
A ameaça no seu discurso deixa cada vez mais claro
Aquilo que se revela através de seus argumentos falhos
Do saudosismo do terrorismo da tirania do passado
Atravancando o futuro, remoendo o próximo passo
As gerações transformam a realidade impossível
E as mudanças, para os incrédulos, inverossímil
Se concretizam como profecias de pesadelos
Para os que se regozijavam com a injustiça
Agora têm de encarar as crianças quebrando os tabus
E todos os seus medos eles enfrentam
Ao olhar no espelho a ignorância lhes questiona
Onde foi que eles erraram?
Em muito mais do que vocês pensavam
Tudo que está vindo à tona já lhes era conhecido
Vocês apenas estavam conformados
O ópio da fatalidade, do intransponível lhes limitara
O óbvio ululante deixou de ser um fardo
A verdade é triste, mas a coragem de revelá-la
Veio com as crianças tristes que foram maltratadas
Que receberam surras na tentativa de doutriná-las
Coagi-las a seguirem as tradições inválidas
A perpetuarem os preconceitos cegamente, caladas
Ajustando o cabresto e a mordaça
As algemas, as correntes, as amarras foram despedaçadas
Ninguém nasce sabendo odiar, ninguém derrota o ódio com o ódio
Nós queremos nos permitir amar, a nós mesmos, ao próximo
O mundo não vai se deixar derrotar pelas viúvas e viúvos
Que não conseguem se despedir das trevas
E tentam impedir a alvorada, sentindo-se derrotados
"Num país como o Brasil, manter a esperança viva é em si um ato revolucionário" - Paulo Freire
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