sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Entre a Foice e o Martelo


Corte a cabeça fora de um Rei
E o veja se transformar em uma Hidra
A liberdade sempre foi fora-da-lei
Mesmo quando democracia

Do Che se venderam  muitas camisas
Mas esqueceu-se que nenhum homem é uma ilha
Ótimos charutos e livre-arbítrio de quinta
Vizinhos de Guantánamo, eles ainda sonham com uma nova Bastilha

Enquanto isso o oriente se desorientou
E tentou vender um negócio da China
Que é mais pirata do que o regime
Que se diz do povo, mas que é o mais capitalista

Sem contar que ao norte da Coréia
Fica o sul do Paraíso
Onde um menino maluquinho
Brinca de ditado sozinho

E ainda há a Primavera Árabe
Linda com flores de pólvora
Ninguém imaginaria que do Facebook
A revolta se transformaria no paraíso militar que é agora

Há quem defenda a estrela vermelha
E voltem seus olhos pra Rússia
Eu prefiro pinga à vodka
Se for pra me vender como na Augusta

Mas não se engane, eu acredito na foice e no martelo
Símbolo do sonho do povo, do trabalhador, do pobre que maneja o rastelo
Só não acredito que até então algum país tenha implantado de fato
Uma sociedade de esquerda, foram apenas regimes baratos

Não dá pra pensar em um sistema onde o homem é mais importante
Algemando quem pensa contrário, talvez o dono do fusca azul
Tenha sido o único a chegar mais próximo deste páreo
Realmente, se pararmos pra pensar, este foi o presidente menos otário

Eu acredito que a democracia é o pior de todos os governos, tal forma
Está à frente, porém, depois de toda as outras, afinal não há sistemas perfeitos
E só nós podemos encontrar as respostas, não temos nada a perder
Porque
já estamos perdendo