sábado, 7 de fevereiro de 2009

CUNNILINGUS


CUNNILINGUS
.
Minha boca abriga a serpente do Éden
Quando afasto suas pernas
Como Sansão derrubando o templo
A língua-víbora se desprende
Engolindo o Fruto Proibido
.
Minha boca esconde um beija-flor
Que se alimenta da rosa
Que você esconde entre as suas coxas
Pássaro vermelho que faz ninho, carinho
Nas pétalas rubras
.
Meus dedos se escondem no calor do seu corpo
No fundo e úmido espaço que me pertence
Imitam movimentos e qual um anjo a tocar harpa
Arrancam notas sôfregas da sua garganta
.
Meus dentes afiados seguram a maciez do sexo
Em fibras e folhas e semente e orvalho
Imobilizando o seu quadril que se levanta
Para me levar o banquete mais próximo à boca
.
Você me tenta com palavras
Me puxa pelos cabelos
Implora e chora de arrependimento
Porque a tortura prazerosa
De boca, língua, dedos e dentes
Não te deixa força suficiente
Para negar a rendição da maré
Que se arrebenta contra meu rosto
Que me lava a barba
Que me mata a sede
.
JOSÉ RODOLFO KLIMEK DEPETRIS MACHADO

3 comentários:

I'm Nina, Marie, etc... disse...

Tua boca é o meu paraíso, meu refúgio, meu pecado...
Meu sexo é a tua fruta, tua comida, tua rosa...
Quero tua serpente osculante coleando entre minhas coxas...sempre.

E agora José? disse...

E você vai ter sempre que quiser. Quero devorar a fruta, mastigar a rosa, todos os dias, todas as noites.

sel disse...

Uau...que sensual!!!!