quinta-feira, 6 de março de 2008

Soneto Escarlate

SONETO ESCARLATE
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As ondas rubras quebram em teus ombros
Em quedas, cascatas de vermelhidão que ecoam em teus ouvidos
Entre meus dedos, eu colho a umidade, o veludo e o perfume
Desses cabelos quais medusa, vivos
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Ao vento, cachos rebeldes dançam
Roçam a pele levemente, carinho quase desafio
Pois o teu toque, é de eriçar os sentidos
E o teu cheiro é capaz de entorpecer os que amam
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Fortes e viçosos, presos, asas de corvos
Em que seguro com força para puxar
Impiedoso trazendo o teu corpo inteiro para trás
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Desse sagitário são as rédeas que cavalgo
E, no fim, quando ambos estivermos aniquilados
São debaixo dos caracóis carmim que eu vou me aninhar
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POSTADO POR E AGORA JOSÉ?

3 comentários:

Ricardo A. disse...

Ahhh, cabelos vermelhos... meu desejo, minha sina, minha perdição. Ai, ai...

Gostei, José! Como diria Johnny Walker: "Keep writing!" hehehe

I'm Nina, Marie, etc... disse...

Imaginei Lupercus fazendo os cachos de Aera de rédeas, enquanto a cavalgava...
Ah, esses meus pensamentos...
Ah, você...
Não pare de escrever... chega a ser orgástico ler isso...

Luis Felipe Mayorga disse...

Ah, a menininha ruiva.....
Acho que temos um pouco de Charlie Brown(Peanuts) dentro de nós.